Remessas prejudicaram saldo em conta corrente, informa BC

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, explicou que o superávit mais baixo na conta corrente em dezembro foi determinado basicamente pelo maior volume de remessas de lucros e dividendos, que no mês somaram US$ 3,081 bilhões. "Dezembro é um mês que sazonalmente tem remessas elevadas", disse Altamir, lembrando que o resultado efetivo da conta corrente (US$ 388 milhões) ficou próximo dos cerca de US$ 200 milhões projetados por ele no mês ado.

"Já sabíamos que havia um volume elevado de remessas no mês ado", disse Altamir, explicando que o crescimento em relação aos US$ 2,247 bilhões de dezembro de 2005 tem relação com a taxa de câmbio e com o estoque de IED no País. Altamir considera que a distância do resultado da conta corrente em relação às projeções do mercado refere-se, provavelmente, às estimativas sobre as remessas de dívidas e dividendos.

Apesar do desempenho mais fraco da conta corrente em dezembro, Altamir considerou o ano de 2006 altamente positivo para o setor externo. Segundo ele, o superávit em conta corrente do ano ado foi motivado pelo superávit comercial recorde. Ele destacou também o comportamento do fluxo dos investimentos estrangeiros diretos. "O IED trouxe um número bastante positivo surpreendendo ao mercado, mas não a nós, que já trabalhávamos com US$ 18 bilhões e o resultado ficou em US$ 18,7 bilhões", diz Altamir

Segundo ele, os números positivos do setor externo permitiram ao governo acumular reservas e também mudar significativamente a composição do endividamento externo do País, com redução da dívida do setor público. Segundo ele, houve elevação na dívida privada porque as empresas aproveitaram o ambiente internacional de menor aversão ao risco.

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