Tesouros ecológicos

Sapo dourado é tesouro ecológico exclusivo da região de Curitiba

Sapinho-dourado, ou Brachycephalus pernix, é conhecida por habitar apenas o Morro do Anhagava, em Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba.
Foto: Jurandir Coelho.

No coração do Paraná, um tesouro ecológico se esconde em meio à agitação urbana. Minhocas, peixes, sapos e até mesmo pequenos cactos formam um ecossistema singular, encontrado apenas em nosso estado. Essas criaturas, conhecidas como espécies endêmicas, são verdadeiras joias da biodiversidade local e merecem atenção e cuidado.

Neste Dia Internacional da Biodiversidade, celebrado nesta quinta-feira (22), o Instituto Água e Terra (IAT) preparou um guia especial sobre essas espécies tipicamente paranaenses.

O Charme e o Desafio da Exclusividade

Ser uma espécie endêmica é como ser uma estrela solo: brilha intensamente, mas corre o risco de desaparecer se não for bem cuidada. Essas espécies são extremamente sensíveis às mudanças climáticas e alterações em seu habitat, tornando sua preservação crucial para a manutenção da biodiversidade local.

Conheça alguns dos “vizinhos” exclusivos:

Mirinaba curitybana: O Caracol Curitibano

Este pequeno molusco é um verdadeiro curitibano de raiz. Encontrado apenas em Curitiba e Campo Magro, não é avistado desde os anos 70, o que preocupa os pesquisadores.

Brachycephalus pernix: O Sapinho Dourado do Anhangava

Esse minúsculo sapo dourado é uma celebridade local. Vive exclusivamente no topo do Morro do Anhangava, em Quatro Barras, a mais de 1.100 metros de altitude.

Parodia carambeiensis: O Cacto dos Campos Gerais

Nos campos de Carambeí, esse pequeno cacto se destaca entre as rochas. Descrito em 1952, é uma visão rara e preciosa da nossa flora.

Calamodontophis ronaldoi: A Misteriosa Cobra-Espada

Com apenas dois registros confirmados, essa cobra é um verdadeiro enigma da natureza paranaense. Avistada em General Carneiro e Campo Largo, habita regiões campestres acima de 800 metros de altitude.

Termômetros da saúde ambiental

Essas espécies não são apenas curiosidades científicas. Elas são bio-indicadores naturais, verdadeiros termômetros da saúde ambiental de nossa região. Sua presença garante um pedaço único e insubstituível do equilíbrio ecológico local.

A preservação dessas espécies é um desafio que nos convida a repensar nossa relação com o meio ambiente. Cada minhoca, peixe ou sapinho endêmico carrega consigo a responsabilidade de manter viva uma parte essencial da identidade natural do Paraná.

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