O empresário Fernando Bittar afirmou em interrogatório nesta segunda-feira, 12, perante a juíza Gabriela Hardt que as obras do sítio de Atibaia – pivô da terceira ação penal da Operação Lava Jato, no Paraná, contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – “são simples” e foram “super dimensionadas”. Na avaliação do empresário, proprietário formal do imóvel, “não são obras de valores vultuosos”. A reforma e melhoria do sítio teriam sido providenciadas como propina a Lula das empreiteiras Odebrecht e OAS.
Bittar, Lula e outros 11 são réus nesta ação por corrupção e lavagem de dinheiro. A Lava Jato afirma que o sítio ou por três reformas: uma sob comando do pecuarista José Carlos Bumlai, no valor de R$ 150 mil, outra da Odebrecht, de R$ 700 mil e uma terceira reforma na cozinha, pela OAS, de R$ 170 mil, em um total de R$ 1,02 milhão.
Segundo os investigadores, parte do valor de propinas da Odebrecht e da OAS para Lula – R$ 870 mil -, foi lavada mediante a realização das obras, construção de anexos e outras benfeitorias.
Gabriela Hardt, sucessora de Sérgio Moro na Lava Jato, questionou Bittar se ele sabia o valor gasto por Bumlai na obra.
“Não, não tenho ideia. Eu vim saber depois nos autos”, declarou. “Volto a falar, as obras são simples, foram super dimensionadas, porque elas não são obras de valores vultuosos. Nada que assuste aos olhos.”
A juíza afirmou que “só na parte do Bumlai existe uma planilha bem detalhada de custos que dá R$ 150 mil”. “O sr acha que isso é baixo"M627.409,331.563L512.604,306.07c-44.69-9.925-79.6-46.024-89.196-92.239L398.754,95.11l-24.652,118.721
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