TRE

Flávio Arns oficializa seu desligamento do PT

O senador Flávio Arns está oficialmente desligado do Partido dos Trabalhadores (PT). O ex-senador pelo PT do Paraná protocolou ontem, na 177.ª zona eleitoral do Fórum Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE/PR), em Curitiba, documento de desfiliação partidária.

A ação aconteceu um dia após Arns encaminhar ao presidente do diretório de Curitiba do partido, André os, o mesmo documento que leu na quinta-feira na tribuna do Senado.

De acordo com o ex-petista, o sentimento em deixar o PT é de tristeza pelo partido. “Sinto pelo PT não ter tomado uma atitude adequada e correta com relação ao caso do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Se houvesse um posicionamento diferente, nós teríamos até nova maneira de fazer política. Mas isso não aconteceu, pois existiram 12 s de senadores do PT no documento pedindo desarquivamento dos processos contra o peemedebista. Esse é um problema muito sério, visto que ao mesmo tempo que a sociedade queria e clamava pelos esclarecimentos dos fatos, a decisão pelo arquivamento prevaleceu”, afirma.

Sobre seu futuro político, Arns voltou a afirmar que recebeu propostas de dez partidos, dentre eles o PV, mais cotado para receber o senador. No entanto, segundo o ex-petista, essa questão será discutida em um segundo momento, assim como possíveis candidaturas para novos cargos.

“Vou esperar esses dois momentos arem, o de desfiliação do PT e toda a discussão sobre a possível entrada em um novo partido. Durante o próximo mês, vamos debater os aspectos pessoais dessa decisão. Agora estamos enfatizando a questão institucional”, afirma.

Com relação à possível perda de seu mandado por desfiliar-se do PT, Arns afirma que essa será uma questão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Acredito que a discussão da perda do mandato deverá acontecer futuramente e, depois disso, chegar o TSE. Mas tenho convicção de que não houve infidelidade partidária por minha parte, mas sim do partido frente aos seus ideais, posicionamentos e filiados”, diz.

Para ele, a fidelidade é um caminho de mão dupla. “Entrei no PT por causa da bandeira, ideologia e posicionamento do partido. Mas, no momento dramático em que se a o Brasil, essa bandeira se perdeu e foi colocada em segundo plano. Isso demonstra claramente a questão da infidelidade do partido com seus filiados. Tenho essa tese para a questão da perda de mandato e, se tiver sucesso, essa situação dará um novo encaminhamento para a política nacional”, completa.

Na sessão de quinta-feira, no Senado Federal, em Brasília, o senador Pedro Simon (PMDB-RS), leu uma carta enviada por Dom Paulo Evaristo Arns, parabenizando a atitude tomada pelo ex-petista.

“Além de me congratular pela atitude frente à decisão nacional do PT, Evaristo Arns, parabenizou todos aqueles que lutam pela ética e transparência no Senado”, ressaltou Arns.

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