Instrumento utilizado para justificar a redução no subsídio do estado para o transporte coletivo metropolitano de Curitiba, a pesquisa origem-destino realizada pela Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (Fipe) a pedido da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) apontou a necessidade de criação de novas linhas integradas que não em por Curitiba. O governo do estado afirmou já ter em andamento estudos para atender essa demanda.
A pesquisa ouviu 128.655 ageiros de todas as linhas – integradas e não integradas – dos 14 municípios da Rede Integrada de Transportes (RIT) – cerca de 10% do total diário de ageiros do sistema. Realizado entre março e outubro de 2014, o levantamento teve seu resultado divulgado resumidamente um mês depois. Ontem, a Comec publicou a íntegra da pesquisa em seu site.
Para reduzir o subsídio, o governo argumentou que o porcentual de ageiros metropolitanos estimado pela Urbs (21,7%) era menor do que o apontado pela pesquisa (31,2%). Quanto mais ageiros, menor o custo do transporte coletivo.
Público crescendo
Segundo o levantamento, 7,59% das viagens metropolitanas não envolvem Curitiba. Descontados os ageiros não integrados, esse porcentual cai para 5,45%. São 87 mil ageiros por dia. E um público que tende a aumentar, uma vez que há ageiros que não estão nessa lista, por cruzar a região metropolitana por dentro da capital desnecessariamente.
