Há cincos anos, a jovem Gilmara Rodrigues de Oliveira foi morta em Almirante Tamandaré, na região Metropolitana de Curitiba. O caso nunca foi solucionado pela polícia. Depois dela, outras 21 mulheres foram assassinadas na região, e quase a totalidade dos crimes ainda continuam sem solução.
Na manhã de hoje, o Movimento de Familiares e Amigos da Mulheres Assassinadas em Almirante Tamandaré e Rio Branco do Sul fez uma manifestação em frente à delegacia da polícia civil, em Almirante Tamandaré, para pedir providências sobre os assassinatos.
O grupo de manifestantes amarrou as mãos com uma corda para simbolizar que todos os segmentos que deveriam investigar as mortes estão de “mãos amarradas”. A mãe de Maria Isabel Rosa – que foi encontrada estrangulada em 23 de outubro de 1999 -, Elvira Silva Rosa disse que a situação é um descaso com as famílias. “Tenho certeza que se fosse parente de um político ou delegado tudo já teria sido esclarecido. Mas como se trata de gente humilde não há justiça”, falou. Elvira afirmou que desde que começou a cobrar a solução do crime, recebe ameaças por telefone. Ela garante que já registrou isso na polícia, mas ninguém fez nada até agora.
O secretário de Segurança Pública do Paraná, Luiz Fernando Delazari informou, através da sua assessoria de imprensa, que as investigações não estão paradas. Ele confirmou que ontem iria se reunir com o delegado de Almirante Tamandaré, Átila Roesler, e o promotor público da cidade , Diego Dourado, para discutir estratégias para agilizar os trabalhos. (Leia mais na edição de amanhã de O Estado do Paraná)
