Porto Alegre (AE) – Relacionado por Marcos Valério de Souza como responsável por saques de R$ 1,2 milhão, o ex-tesoureiro do PT do Rio Grande do Sul, Marcelino Pies, emitiu uma nota hoje (3) para negar ter feito qualquer negócio com o empresário mineiro. Ele participou de uma reunião de quase quatro horas com o presidente regional da sigla, David Stival, e com o tesoureiro atual, Cristian Silva, ao final da qual se limitou a distribuir o texto, sem dar entrevistas.
Na nota, Pies diz que todas as receitas e despesas da campanha eleitoral de 2002 foram declaradas ao Tribunal Regional Eleitoral. Também lembra que em 2003, ano dos saques, estava exercendo interinamente o cargo de secretário de finanças e foi designado para buscar recursos da direção nacional para quitação de dívidas.
"Pelo que me consta não existiram movimentações financeiras envolvendo as empresas do senhor Marcos Valério referentes ao diretório regional do partido", declara. Na seqüência, Pies ressalta que não dispõe das movimentações financeiras executadas pela direção nacional, por Delúbio Soares e anuncia que vai adotar "as medidas cabíveis para esclarecer e estabelecer a verdade", sem, no entanto, detalhar onde e como vai buscar as informações.
