Evo confia em entendimento com Brasil e descarta arbitragem internacional

Rio de Janeiro – O presidente da Bolívia, Evo Morales, descartou a necessidade da Petrobras recorrer a uma arbitragem internacional, hipótese levantada nesta terça-feira (8) pelo presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. Lula disse que não há problemas em a Petrobras vender as duas refinarias que tem na Bolívia desde que o país pague o "preço justo" pelas unidades. "Se não for pago o preço justo, vamos buscar os nossos direitos".

”Eu estou convencido que com países vizinhos, como o Brasil, jamais haverá necessidade para apelar aos árbitros internacionais?, declarou Evo, em entrevista no Palácio Quemado, sede do governo boliviano em La Paz. ”Estou seguro de que haverá entendimento, este não é o problema, só falta aprofundar o diálogo”, disse, segundo Agência Boliviana de Informação (ABI).

Ontem, a estatal brasileira enviou carta à estatal boliviana de petróleo e gás YPFB e ao Ministério de Hidrocarbonetos, os termos de sua proposta final para venda das refinarias Guillermo Elder Bell, em Santa Cruz de La Sierra, e Gualberto Villaroel, em Cochabamba. A oferta é para venda da totalidade da participação acionária da Petrobras nas duas refinarias, mas a estatal brasileira não revelou o valor estipulado na proposta.

?A Petrobras aguardará por 48 horas a resposta à oferta apresentada. Caso não se chegue a um acordo, a empresa vai recorrer a todas as instâncias judiciais cabíveis para preservar os direitos de seus acionistas?, conclui a nota divulgada pela empresa.

Em audiência pública no Congresso Nacional nesta terça-feira (8), o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou que a Bolívia terá de pagar um preço justo pelas refinarias da Petrobras para manter a relação de cooperação com o Brasil.

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