O forte crescimento registrado na produção de bens de capital (máquinas e equipamentos) em maio mostra que "há uma contínua ampliação da capacidade produtiva do País, o que abre espaço para atender a eventual aumento da demanda futura", segundo o coordenador de indústria do IBGE, Silvio Sales. Além disso, segundo ele, o bom desempenho revela uma continuidade no crescimento da taxa de investimento.
A produção de bens de capital em maio cresceu bem acima da média industrial em todas as bases de comparação. Houve expansão de 5 1% ante abril; de 19,4% ante maio de 2006; de 16,3% no acumulado do ano até maio e de 9,7% em 12 meses. O crescimento apurado ante igual mês do ano ado foi o maior observado nesse indicador desde agosto de 2004 e, segundo observou Sales, naquele ano o bom desempenho estava mais concentrado no setor agrícola e, em 2007, está mais espalhado.
O índice de difusão de bens de capital mostra que, em maio, 64 9% dos segmentos vinculados a essa categoria elevaram a produção ante 58,9% para a média da indústria.
Na comparação com maio do ano ado, houve aumentos significativos em bens de capital para indústria (22,2%), para agricultura (42,8%), para transporte (13,5%), para energia (24 0%), para construção (16,4%) e para uso misto (18,0%). "Há uma sustentação de taxas de dois dígitos generalizadas (em bens de capital), inclusive no investimento da própria indústria. Isso antecipa que a taxa de investimento deve continuar crescente, já que há evidências também de que a construção apresenta bom desempenho, ainda que em menor magnitude que máquinas e equipamentos", disse Sales.
A produção dessa categoria cresce, como destacou Sales, simultaneamente a fortes aumentos também nos volumes importados e exportados. Segundo dados da Funcex apresentados por ele, as exportações de bens de capital cresceram, em volume, 14,1% em maio de 2007 ante igual mês do ano ado. No mesmo período, as importações aumentaram 37,5%.
