Foto: Arquivo/Agência Brasil |
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Presidente do BC: projeções otimistas. |
Basiléia – Há um quadro favorável para a economia brasileira. A opinião é do presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, que participou da reunião do Banco de Compensações Internacionais (BIS), que ocorre a cada três meses com os presidentes de bancos centrais em Basiléia, na Suíça. Em sua exposição, Meirelles mostrou dados significativos. ?A economia cresceu 4,1% como média nos anos de 2004, 2005 e 2006 e já conta com previsões, como a do FMI, por exemplo, de crescer 4,4% este ano?, disse.
O crescimento da massa salarial de 8,4% em relação a março do ano ado foi outro dado levantado por Meirelles. ?Há aumento de investimento por parte das empresas, o que indica aumento da capacidade produtiva, com inflação controlada e uma situação fiscal estabilizada?, explicou.
Quanto à economia internacional, o grupo considerou que não ocorreram mudanças substanciais nos últimos 60 dias. De acordo com ele, os chefes dos bancos centrais apostam na perspectiva de crescimento da economia mundial este ano. ?A economia americana desacelerou, mas as outras economias do mundo aceleraram um pouco. É um momento interessante?, explica.
Compulsório
A possibilidade de que o BC reduza o compulsório dos bancos, não foi comentada pelo presidente do BC. ?Existe uma norma nossa que o Banco Central não comenta sobre política monetária e nem sobre taxa de câmbio?, disse Meirelles. ?Também não comentamos decisões futuras?, explicou.
De acordo com Meirelles, o BC aproveita as oportunidades de liquidez dos mercados para adquirir e constituir reservas. ?E nós achamos que o efeito disso tem sido positivo. Tem custos, mas o resultado geral é positivo?, explicou. De acordo com ele, o Banco se reserva o direito de em alguns momentos não anunciados e não explicados poder fazer intervenções para solucionar problemas de liquidez nos mercados ou mesmo de distorções na geração de preços. ?Isso já é uma política anunciada há muito tempo, só que não comentamos movimentos específicos?, disse.
