A assessoria do Ministério da Fazenda distribuiu aos jornalistas um material que mostra que as taxas de juros prefixadas para janeiro de 2010 tiveram queda após o dia 26. Naquele dia, o Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu a meta de 2009, subindo as taxas apenas no dia 4 de julho, quando foi divulgada a produção industrial de maio, para, em seguida, voltar a cair, situando-se abaixo, ainda que ligeiramente, do nível de 26 de junho, dia da reunião do CMN.
No documento, o Ministério diz claramente que "a decisão do CMN não causou efeito adicional sobre" o protesto de alta na inflação implícita dos títulos de longo prazo que vinha ocorrendo em junho por conta, segundo ele, da volatilidade no mercado internacional. A nota técnica lembra que antes da reunião do CMN "foram divulgadas na imprensa opiniões de membros do governo defendendo a meta de 4,5%". Cabe lembrar que quem manifestou esta opinião foi o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Os dados do Ministério mostram que as taxas subiram após a declaração de Lula, no dia 21 de junho, embora, de fato, já viessem num processo de elevação desde o final de maio.
