economia

Em Pernambuco, greve faz litro de gasolina chegar a R$ 8,99

No terceiro dia de protesto dos caminhoneiros contra o aumento dos preços do diesel, os pernambucanos foram impactados com falta de combustível, alta dos preços e redução dos ônibus.

Nesta quarta-feira, 23, na região metropolitana do Recife, um posto de combustível vendia o litro da gasolina a R$ 8,99. Em pelo menos 30 municípios houve falta de combustível nos postos, além de filas gigantescas nos estabelecimentos onde ainda havia estoques.

Usuários do transporte público sofreram com a redução de 8% do total de coletivos circulando durante o dia. Um corte de 2 mil viagens. O Grande Recife Consórcio de Transportes, responsável pela gestão do Sistema de Transporte Público de ageiros, informou que cerca de 1,5 milhão de ageiros foram impactados com a redução da frota na RMR.

Nas ruas do Recife e região metropolitana, durante todo o dia, o movimento nos postos foi intenso. As filas se estendiam por quilômetros, causando grandes congestionamentos. Escolas, Universidades, órgãos públicos e até o comércio tiveram o funcionamento afetado.

A Reitoria da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) expediu uma recomendação para que o ponto dos servidores e terceirizados da instituição fosse abonado em função das dificuldades de transporte e circulação. À noite a instituição optou por cancelar as aulas e o expediente istrativo até o meio dia desta quinta-feira, 24.

O advogado Petrus Dias, 32, ficou sem combustível e teve que desmarcar alguns compromissos de trabalho. “Não imaginei que a situação ficaria tão ruim. Fui para a reunião com um cliente ontem à noite em um município vizinho e ia abastecer hoje pela manhã, logo cedo, mas não consegui de jeito nenhum. Fui em mais de 15 postos e não havia combustível. O jeito foi deixar o carro e tentar cumprir os outros compromissos de táxi, a pé ou de transporte coletivo”, contou enquanto tentava pegar um táxi no bairro de Casa Forte, na zona norte do Recife.

No Aeroporto Internacional Guararapes, no Recife, a possibilidade de cancelamento de voos por falta de combustível preocupou ageiros. De acordo com um alerta emitido pelo Núcleo de Acompanhamento e Gestão Operacional (Nago), ligado a Infraero, o estoque de combustível para o abastecimento das aeronaves só duraria até o final da tarde de ontem. Apesar disso, no início da noite nenhum cancelamento havia sido confirmado.

A dentista Sofia Dutra, 34, chegou ao aeroporto às 15h – com quatro horas de antecedência do horário de embarque – na tentativa de evitar “surpresas”. “Fiquei muito preocupada. Estou indo para São Paulo, num voo no começo da noite, para acompanhar a minha mãe que fará uma cirurgia. Ela precisa de mim. Até tentei ver a possibilidade de antecipar minha ida em outro voo. Já ouvi rumores de que pode faltar combustível e estou realmente preocupada”, contou.

No início da manhã, foram registrados 11 pontos bloqueios em rodovias do Estado, incluindo no o ao Porto de Suape, no município do Cabo de Santo Agostinho, onde está localizada a Refinaria Abreu e Lima e a Transpetro

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