Após a confirmação de que não estará formalizado a tempo de disputar as eleições de 2020, o Aliança Pelo Brasil determinou que não procurará um partido único para receber seus filiados que queiram concorrer neste ano. “O Aliança não vai definir nada. Cada um vai procurar o que for mais conveniente. Não há uma intenção do partido em indicar um único destino”, declarou o advogado Luís Felipe Belmonte, segundo-vice presidente da executiva nacional provisória do Aliança. “Não está em cogitação a ideia de ‘o partido tal será o partido hospedeiro’. Se isso vier a ser tratado, será pelo próprio presidente [Jair Bolsonaro]”, acrescentou Belmonte.

A desistência do Aliança em concorrer na eleição de 2020 foi anunciada pelo senador Flávio Bolsonaro (RJ), primeiro vice-presidente do partido. “A Aliança pelo Brasil não ficará pronta a tempo para disputar as eleições de 2020. Apesar de todo o e técnico que o Tribunal Superior Eleitoral [TSE] tem dado na criação do partido, ele infelizmente não vai se viabilizar a tempo”, disse o parlamentar, filho do presidente da República, em vídeo divulgado nas redes sociais na noite da quinta-feira (5). “É melhor a formação do partido acontecer com bastante calma, nós queremos um partido para o resto da vida”, acrescentou o parlamentar também no vídeo.

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O Aliança Pelo Brasil foi idealizado pelo presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores após o chefe do Executivo entrar em rota de colisão com o PSL, partido pelo qual venceu as eleições de 2018. A nova legenda teve seu lançamento efetuado em novembro, com uma cerimônia em Brasília, e desde então os seus integrantes buscam cumprir os os regulamentares do TSE para a formalização. Para que um partido possa disputar as eleições de 2020, precisa estar instituído até o início de abril, prazo que o Aliança reconheceu que não conseguirá cumprir.

“Nosso objetivo é estar com o partido finalizado ainda neste ano. Já sabemos que não será a tempo de disputar as eleições, mas concluiremos em 2020”, destacou Belmonte. Além do advogado, de Flávio e de Bolsonaro, a executiva provisória do Aliança tem nomes como os advogados ar Gonzaga e Karina Kufa e Jair Renan, o filho homem mais novo do presidente da República, com sua primeira atuação na vida pública.

Para onde vão os “aliados”?

A confirmação de que o Aliança não estará no jogo e a ausência da indicação de um partido único para receber os “aliados” – nome pelo qual são chamados os integrantes do partido – abriu caminho para que diferentes legendas aparecessem como destinos dos simpatizantes de Bolsonaro.

As que largam na frente são PRTB, Republicanos e PL. O PRTB é a sigla do vice-presidente General Mourão, o que já indicaria uma proximidade natural com o governo. O Republicanos tem grande vinculação com a Igreja Universal do Reino de Deus, que tem dado sustentação à gestão Bolsonaro. O partido tem hoje 31 deputados federais e um senador, além do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, que busca se aproximar de Bolsonaro.

O presidente da legenda, deputado federal Marcos Pereira, disse ao jornal O Globo que o Republicanos “não seria barriga de aluguel”, mas ressalvou: “casos pontuais serão devidamente avaliados. É um risco, porém calculado. O combinado não sai caro. Há também o risco de gostarem do partido e optarem por ficar. Por que não"M627.409,331.563L512.604,306.07c-44.69-9.925-79.6-46.024-89.196-92.239L398.754,95.11l-24.652,118.721 c-9.597,46.215-44.506,82.314-89.197,92.239l-114.805,25.493l114.805,25.494c44.691,9.924,79.601,46.024,89.197,92.238 l24.652,118.722l24.653-118.722c9.597-46.214,44.506-82.314,89.196-92.238L627.409,331.563z"/>