Infraero estuda reajuste de tarifas aeroportuárias

  Foto: Gervásio Baptista – ABr
Foto: Gervásio Baptista-ABr

O diretor financeiro da Infraero (foto), alega que as tarifas não são reajustadas desde 1997.

Brasília – A Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero) está estudando um reajuste nas tarifas pagas pelas empresas aéreas para pouso, decolagem e permanência das aeronaves nos pátios dos aeroportos. Segundo o diretor Financeiro da empresa, Sebastião Martins Ferreira Júnior, essas tarifas não são reajustadas desde 1997, e os gastos com a movimentação aeroportuária já são maiores do que a arrecadação com a tarifa, tendo registrado, em 2007, prejuízo de R$ 409,2 milhões.

?É um estudo que está sendo feito para ser discutido com os demais órgãos que compõem o sistema de aviação brasileiro?, informou Ferreira Júnior. Ele disse que a previsão é que o estudo seja concluído ainda no primeiro semestre.

O diretor da Infraero comentou que as tarifas de embarque pagas pelos ageiros também estão defasadas. No ano ado, elas superaram em apenas R$ 1,4 milhão os gastos com a operação, gerando poucos recursos para mais investimentos. Em 2007, a Infraero arrecadou R$ 643,8 milhões.

O diretor disse que o estudo não implica, necessariamente, em um reajuste imediato nas tarifas pagas pelos ageiros. ?Não há nenhuma previsão imediata de revisão. A margem da operação com o ageiro hoje é irrisória. Então, hoje, nós estamos praticamente empatando despesas e receita com ageiros. Mas não necessariamente vai forçar uma revisão. Nós podemos ter ganhos de escala e ter redução dos custos operacionais que possam levar a manutenção disso por mais algum tempo?, afirmou.

Ferreira Júnior explicou que houve um aumento nos custos para assegurar níveis internacionais de segurança, como por exemplo, a instalação de mais detectores de metais nos aeroportos. Além dos gastos com o equipamentos, são necessárias a contratação de quatro profissionais, por turno, para operá-los.

?A gente colocou um maior número de pórticos de raio-X, que era um dos gargalos, levando não só à questão da segurança, mas também o problema da comodidade dos ageiros, porque muitas vezes ali era um ponto de retenção dos ageiros?, disse o diretor.

Em relação à movimentação nos aeroportos brasileiros durante o feriado da Semana Santa, Ferreira Júnior garantiu que não haverá problemas. ?A questão de crise, caos, isso já ficou no ado?, afirmou.

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