O centenário de nascimento do compositor Noel Rosa, um dos nomes mais importantes da música popular brasileira, é comemorado no dia 11 de dezembro, mas as homenagens tiveram início ainda no começo do ano. Depois do merecido tributo prestado pela Vila Isabel, no carnaval, com o enredo “Noel: A Presença do Poeta da Vila”, outros eventos pipocaram pelo País em 2010 e agora ele é lembrado em uma série de shows no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em São Paulo. Com curadoria de Luís Filipe de Lima, o projeto “Noel Rosa – Um Novo Século” é realizado com shows sempre às terças e teve início na semana ada, com apresentação de Jards Macalé e a banda performática carioca Brasov.
As misturas são sempre inusitadas e, nesta terça, será a vez de Paulo Miklos ser acompanhado pelo Quinteto em Branco e Preto. Depois, a série segue com Marina de La Riva e o pianista Benjamin Taubkin (7/12) e uma grande turma de talentos formada por Kassin, Moreno Veloso, Domenico Lancelotti, Pedro Sá e o próprio Luís Filipe de Lima (14/12). “A ideia foi reunir intérpretes menos próximos da matriz e da órbita imediata do Noel. Queremos mostrar que a obra dele está muito viva, com grande poder de comunicação até hoje. Homenageá-lo no centenário é praticamente uma obrigação cívica”, diz Luís Filipe.
A curadoria, seguramente, está em boas mãos, já que a ligação dele com a obra de Noel existe há tempos. Além de se aproximar dos temas do compositor de Vila Isabel desde os tempos em que começou a estudar música, Luís Filipe foi o responsável pela direção musical da peça “Noel Rosa – O Poeta da Vila e Seus Amores” (1999), assinou a trilha do filme “Noel – O Poeta da Vila” (2006) e, com a de agora, já dirigiu 11 séries no CCBB, em homenagens a Lamartine Babo, Ismael Silva, Carmen Miranda, entre outros nomes.
Nas quatro apresentações, a intenção não é traçar um panorama biográfico e histórico sobre vida e obra de Noel com um espírito didático. A única exceção, que aparecerá no show de Marina de La Riva e Benjamin Taubkin, é um trecho em que é ressaltada a qualidade de Noel como melodista, com toda a influência exercida sobre o poeta por meio das parcerias com outro gênio, que também completaria 100 anos em 2010, mas infelizmente é pouco lembrado do público, o pianista e compositor Osvaldo Gogliano, o Vadico.
A principal preocupação foi não repetir o repertório, tarefa difícil diante de um cardápio de mais de 300 canções compostas em uma vida de 26 anos, interrompida pela tuberculose. “Eu conheço o Noel desde antes de formar os Titãs. Quando recebi o convite pensei em me orientar pelas gravações antigas, que são as que eu mais gosto. A princípio, pensei em cantar as canções mais obscuras do Noel, mas acabei equilibrando o repertório, tinha que saborear os clássicos, ele foi um grande hitmaker”, conta Paulo Miklos. Os clássicos a que ele se refere são, por exemplo, “Fita Amarela”, “Com Que Roupa"M627.409,331.563L512.604,306.07c-44.69-9.925-79.6-46.024-89.196-92.239L398.754,95.11l-24.652,118.721
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