Horas antes de uma audiência na Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês), a União Ciclística Internacional (UCI) decidiu encerrar nesta terça-feira a disputa com o ciclista eslovaco Peter Sagan, eliminado da Volta da França sob a acusação de ter acertado uma cotovelada no rival britânico Mark Cavendish.
A entidade absolveu o atleta ao afirmar que Sagan não acertou o adversário de forma intencional no sprint final da quarta etapa da Volta da França deste ano. A etapa foi disputada há cinco meses.
Dono de três títulos mundiais e vencedor de algumas etapas da tradicional competição nos últimos anos, Sagan foi desclassificado de forma sumária pela organização.
Na ocasião, a equipe de Sagan apelou da decisão para manter seu atleta ao menos até o fim da competição. Mas a CAS negou o pedido. O incidente também trouxe consequências para Cavendish. O ciclista britânico sofreu uma forte lesão no ombro e precisou abandonar a competição.
Nesta terça, porém, o caso ganhou uma reviravolta. De acordo com a UCI, os vídeos agora disponíveis mostram que Sagan não acertou o rival de forma intencional. “Levando em consideração os materiais submetidos à audiência da CAS, incluindo o material de vídeo que não estava disponível na época da prova, as partes concordaram que o choque foi um acidente, sem intenção”, disse a UCI, em comunicado.
O presidente da UCI, David Lappartient, afirmou que a entidade “vai tirar lições” do episódio de desclassificação de Sagan. Ele disse que pretende implantar uma comissão com o aos vídeos durante as principais competições do calendário da UCI na próxima temporada.
