Esqueça o glamour de Wimbledon, a entrada triunfal dos tenistas no ATP Finals e todo o entretenimento dos torneios norte-americanos. Deixe de lado também o placar luminoso, os boleiros com toalhas à espera dos tenistas e até o juiz de linha. No mundo dos jovens atletas das raquetes, isso tudo é uma realidade muito distante. Placar até existe, mas é atualizado manualmente e somente a cada dois games, para não sobrecarregar os atarefados e raros pegadores de bola. Árbitro, somente de cadeira, quando tem. E a toalha fica pendurada, no alambrado enferrujado ou no cadeado que tranca a quadra.
Assim é a vida dos tenistas juvenis dentro de quadra. E fora, o suor continua. Acompanhado de lesões, falta de patrocínio, ansiedade pelo futuro profissional e até fome. O brasiliense Paulo Saraiva se enquadra em todos estes casos.
Nascido numa família humilde, de pai pedreiro e mãe diarista, o jovem de 16 anos se encantou pelo tênis num projeto social em Itapoã, uma das cidades mais pobres do Distrito Federal, a 15km de Brasília. E, logo nas primeiras rebatidas na bolinha amarela, sentia a resistência da família. “Paulo, você já viu filho de pobre jogando tênis"M627.409,331.563L512.604,306.07c-44.69-9.925-79.6-46.024-89.196-92.239L398.754,95.11l-24.652,118.721
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