O goleiro João Carlos não teve ainda uma apresentação que agradasse à torcida, mas ganhou apoio total dos jogadores, comissão técnica e diretoria do Atlético. Com a pressão de substituir um jogador de Seleção Brasileira, como fora Neto, o novo arqueiro ainda tenta se encontrar em campo. A desconfiança surgiu após três jogos e quatro gols sofridos neste início de Campeonato Paranaense e algumas saídas erradas do gol.
Sérgio Soares, após o jogo com o Iraty, defendeu seu comandado, mas não descartou a possibilidade de, se necessário, futuramente, utilizar outra opção ou buscar um novo goleiro. Além de João Carlos, o Furacão tem hoje Renan, Sílvio, que será apresentado hoje, e até mesmo Santos, que pode deixar o clube em março.
O gerente de futebol, Ocimar Bolicenho, acha muito precipitada qualquer atitude neste começo de Estadual, antes de o jogador ter outras oportunidades de mostrar seu futebol. Contratação ou substituição, por enquanto estão descartadas.
“Eu acredito no João. Ainda é muito cedo para tomar qualquer tipo de decisão. Ele vai dar a volta por cima. Tenho certeza de que ele vai superar isso tudo e se sair bem”, garantiu Ocimar.
Bolicenho aposta numa reviravolta de João Carlos em breve, mas antes, ele mesmo terá de superar as críticas e a desconfiança que vem sofrendo. João Carlos foi elevado à condição de titular após a saída Neto, goleiro de alto nível que em um ano conseguiu uma projeção que muitos só alcançam em muito tempo de profissão, ainda mais pela posição que atua.
E o desempenho do então arqueiro torna ainda mais difícil a missão de João Carlos, por ter de substituir um ídolo da torcida. Com todos estes ônus extras, o goleiro, de 22 anos, tem sentido o peso da responsabilidade. E para Bolicenho, agora é momento dos atleticanos terem paciência.
“Isso é ageiro. Há a tensão, uma série de fatores que, na verdade, precisam ser superadas por ele mesmo e a melhora vai depender exclusivamente dele. Temos que ter paciência, compreensão. Não é uma partida que vai fazer o Atlético mudar de ideia”, destacou o dirigente, reafirmando a confiança no goleiro.
