Em tempos de tanta correria, excesso de conexões digitais e escassez de tempo real, uma pergunta se torna cada vez mais urgente para quem quer crescer na carreira: você está se relacionando… ou está fazendo networking de verdade?
Para responder a essa questão, conversei com Paulo Cruz, Diretor de Relações Corporativas da FAE Business School, professor universitário e executivo com mais de 30 anos de atuação em cargos de liderança. A entrevista foi provocativa — como toda boa conversa que faz a gente repensar atitudes.
Paulo foi direto: “Networking não é um evento ou uma agenda de contatos. É uma competência estratégica de carreira — uma soft skill essencial no mundo dos negócios.” E mais: segundo ele, saber se relacionar é importante, sim, mas confundir simpatia com estratégia pode ser exatamente o que está estagnando a sua evolução profissional.
O segredo silencioso das conexões
Um dos pontos mais impactantes da conversa foi quando Paulo trouxe a Teoria do Contágio Social, de Christakis e Fowler. A ideia é simples, mas poderosa: as pessoas ao nosso redor moldam silenciosamente quem nos tornamos. Comportamentos, crenças e atitudes são “contagiosos” — tanto os bons quanto os ruins.
Se você convive com pessoas resilientes, inovadoras e ambiciosas, acaba absorvendo esses padrões. Mas o contrário também é verdade: se suas conexões são desmotivadas, medíocres ou tóxicas, seu potencial vai sendo diluído sem que você perceba. A pergunta que todos deveríamos fazer é: qual ‘vírus’ eu estou deixando contaminar minha carreira?.
Networking não é colecionar cartões — é projetar ecossistemas
Outro ponto forte da entrevista foi a distinção entre habilidade social e networking estratégico. Ser simpático, trocar ideias no café ou estar presente nos eventos sociais são atitudes naturais. Mas networking de verdade exige intencionalidade, clareza de objetivos e curadoria das conexões.
Para isso, Paulo recomenda a aplicação da “Regra dos 3 Objetivos” antes de qualquer evento ou interação:
- Que tipo de profissional quero conhecer?
- Que problema quero resolver?
- O que posso oferecer em troca?
Esse tipo de mentalidade transforma um happy hour em uma ponte para o futuro.
A evolução está na média dos seus cinco
Uma das reflexões mais práticas que devemos fazer sempre é um conceito muito destacado na psicologia: somos a média das cinco pessoas com quem mais convivemos. Pergunto a você? Com quem está convivendo? Conectar-se a quem você quer se tornar é uma das decisões mais poderosas da carreira.
Procure pessoas que te desafiem, que compartilhem conhecimento, que inspirem ação.
Diante desse pensamento, Paulo provocou o seguinte raciocínio: “faça uma auditoria das suas redes. Hoje mesmo, reflita:
- Quem na sua rede te inspira a crescer?
- Quem drena sua energia criativa?
- Quem está faltando na sua lista para você atingir seu próximo nível?
Se mais de 70% das suas interações não têm propósito claro, você pode estar apenas sendo sociável — e não estratégico.”
Networking não é sobre quantidade. É sobre qualidade, propósito e direção. E, como diz Paulo Cruz, “se você não está evoluindo, talvez o upgrade necessário não esteja no seu currículo, mas nas pessoas ao seu lado.”
Use isso a seu favor!
Meu nome é Marlon Roza, sou seu Amigo de Negócios
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